Desperdiçamos as atitudes

A gente perde muito tempo. Com coisas que não valem a pena. Com planos feitos. Com a teoria. Achamos que sabemos tudo. De que adianta o conhecimento se ele não é posto em prática? A gente se acostuma demais. Se acostuma a não ser correspondido. Se acostuma a não sentir. Seguimos a moda e nos perdemos de nosso estilo. Nosso estilo de vida. Plastificamos tudo, até os rostos.

"Ficamos" para não ficarmos sozinhos. Beijos não significam nada. Alianças não significam nada. Tudo perdeu o seu valor. A sociedade é rápida. Ou você se adapta ou você se adapta. Nos adaptamos demais. A atitude ficou restringida pelo medo. A indiferença domina o coração mais quente. O contato não tem tato. A conversa não tem voz. A troca não possui reciprocidade. Os rostos são imitáveis. O sorriso virou dígito. O valor virou preço. Os amigos são centenas. Virtualidade. Não somos nós. Temos um "eu" que responde pelo que pensamos. Tudo é tão fácil. Simplicidade. Tudo é tão fútil.

Velocidade. Difícil é nos controlar. É dominar esse potencial não anunciado que temos. Encontrar o equilíbrio. Precisamos mesmo é de paz. De compartilhar as coisas. De ser feliz sem precisar fingir. Amar tudo que temos. Não querer possuir mais que precisamos. Pessoas sempre sozinhas cheias de companhia. Se contradizer é um direito. Indecisão é pior do que escolher e traçar o caminho errado. Quem não sabe onde vai, qualquer lugar serve. Pelo menos entre tropeços, quedas e espinhos, tenho a chance de cair em algo maravilhoso ou me machucar com algo bom. Se eu faço o que quero, me sinto mais feliz por isso, independente se deu certo ou não. Pedir conselhos é pedir que outros decidam por você. É dar a oportunidade para alguém que tem a vida igual ou pior a sua, de esquecer da dela e palpitar sem consequências. Teoria de novo. Não peça conselhos. Se fossem bons, todos seríamos realizados. Afinal, a nossa teoria nunca falha.